Ministério da Justiça apura fim da trégua entre PCC e Comando Vermelho após suposta carta de rompimento

A Inteligência do Ministério da Justiça está investigando uma possível ruptura entre as duas maiores facções criminosas do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Uma carta, datada da última segunda-feira (28) e atribuída ao CV, circula em grupos de mensagens e teria oficializado o fim da trégua histórica entre os grupos. O documento afirma que a facção “não mantém mais qualquer aliança ou compromisso com o PCC”, o que levanta o alerta sobre um possível novo ciclo de violência.

A veracidade do conteúdo está sendo analisada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, responsável pelo Sistema Penitenciário Federal (SPF), que administra os cinco presídios federais do país. Os principais líderes das facções estão atualmente presos em penitenciárias federais — o PCC em Brasília e o CV em Campo Grande.

A trégua entre os grupos havia sido firmada em fevereiro com o objetivo de reduzir confrontos, conter mortes, economizar recursos e garantir a continuidade de atividades ilícitas. Essa aliança foi mencionada em um relatório de inteligência do próprio Ministério da Justiça e serviu de base para uma operação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, realizada neste mês.

Contudo, segundo autoridades que acompanham o caso, o rompimento já era considerado provável. Rixas regionais inviabilizaram a manutenção do acordo, que, mesmo costurado por líderes presos, encontrou resistência nas bases locais. “Uma hora essa junção ia dar conflito”, disse, sob anonimato, um investigador ouvido pela CNN.

A carta, que está sendo avaliada pelas autoridades, é descrita como um aviso “a todos os estados e países”, o que reforça a preocupação com o alcance e as consequências da possível retomada das disputas entre as facções.

Fonte: CNN

Redação: Liberdade FM