Produtores do Araguaia enfrentam série de restrições à expansão agrícola
A produção agrícola no Vale do Araguaia, uma das regiões mais produtivas de Mato Grosso, vem sendo alvo de diversas restrições que, segundo lideranças rurais, dificultam o pleno desenvolvimento do setor. O tema foi debatido nesta quinta-feira (14) durante o Seminário Justiça Territorial – Respeito aos direitos civis nos processos de demarcação das terras indígenas, realizado em Cuiabá.
Atualmente, a região cultiva cerca de 2,5 milhões de hectares, mas estudos indicam que seria possível triplicar a produção sem a necessidade de desmatamento. Apesar disso, nos últimos anos, produtores afirmam enfrentar medidas que limitam a atividade agrícola, como o zoneamento socioeconômico e ambiental, a moratória da soja, a proposta de criação do “corredor da onça-pintada” e as restrições ligadas às chamadas áreas úmidas.
No caso específico das áreas úmidas, pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) contestam a classificação, afirmando que o Vale do Araguaia não possui planície pantaneira, sendo formado apenas por dois biomas: Cerrado e Floresta.
Durante o evento, lideranças destacaram a importância de buscar embasamento técnico e científico para sustentar a defesa da produção sustentável, respeitando o Código Florestal. O seminário foi promovido pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
Fonte: Assessoria
Redação: Liberdade FM
