Polícia Civil implanta programa socioeducativo para homens em Nova Xavantina

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Coordenadoria de Polícia Comunitária, Delegacia Regional de Água Boa e Delegacia de Nova Xavantina, implantou o programa Papo de Homem para Homem em Nova Xavantina​.

A iniciativa socioeducativa contou com a parceria das instituições ​do município. A cerimônia de lançamento do programa ​aconteceu na terça-feira (16.12), no Fórum ​da Comarca local.


 
​Na ocasião foram apresentados os objetivos e finalidade do programa, a metodologia, didática, os resultados do programa ​entre os anos de 2021 a 2025, com indicadores d​o público masculino acusado​ de agressão ao gênero feminino​ e que passaram pelo programa​.

​O programa Papo de ​Homem para ​Homem, ​trabalha no formato de conversas diretas e francas entre homens, com uma linguagem informal, focando em temas como masculinidade, saúde mental, relacionamentos, prevenção da violência doméstica, a legislação vigente (11.340/2006), lei Maria da Penha, responsabilização, quebra de paradigmas culturais como patriarcalismo e machistas, promovendo reflexão e comportamento responsável, como visto em projetos sociais e campanhas de saúde.


 
É um espaço para discutir masculinidades, autocuidado, auto controle, e quebrar ciclos de violência, o conhecimento da fisiologia do homem e da mulher, buscando construir relações mais saudáveis e igualitárias.

​Durante a abertura, o delegado regional​ de Água Boa, Valmon Pereira da Silva, enfatizou a importância do programa de prevenção à violência contra a mulher como política pública permanente e com foco nos homens e nos agressores.

"A ​Regional de Água Boa já implantou neste ano o programa em duas cidades", destacou Valmon Pereira.


 
​O delegado de Nova Xavantina, Flávio Leonardo S​antana Silva, ​falou sobre a necessidade de ​desenvolver na cidade as atividades do programa, uma vez que o município enfrenta casos corriqueiros de violência contra a mulher​.

A​ magistrada, Tabatha Tosetto, exaltou a iniciativa da Polícia Civil, demonstr​ando entusiasmo com essa política pública socioeducativa para homens​.

"Apenas a mudanças da legislação e​ a aplicação da política de encarceramento não irão combater efetivamente a violência de ​gênero e os feminicídios" enfatizou a juíza.